A Maternidade ❤️




Nós colocamos as crianças na cama, cobrimos até a altura do peito e conferimos se os pézinhos estão cobertos.

Nós juntamos brinquedos do chão, hoje, amanhã, e depois, sempre nos perguntando como conseguem fazer tanta bagunça.

Nós abrimos vidros de requeijão, raspamos todos os cantinhos do pote quase vazio, e passamos em torradas integrais para servir no café da manhã.

Nós esticamos as mãos, e pegamos no colo, permitindo que perninhas se entrelaçem nas nossas cinturas, enquanto secamos lágrimas e dizemos que vai ficar tudo bem.

Nós fazemos lições de casa, ensinamos subtração, e escrevemos inicias com canetinha em etiquetas de uniforme.

Nós sacudimos termômetros, e damos remédio com uma mão, enquanto usamos a outra mão para segurar o copo de água escondido atrás das costas.

Nós enchemos a banheira, lavamos bumbuns, e esfregamos bem para tirar todo o resto da pomada anti assadura que insiste em não sair.

Nós descascamos laranjas enquanto falamos no telefone, e sentimos mãozinhas agarrarem nossas pernas.

Nós viramos a noite, esquentamos bolsas de água quente, cantamos baixinho, e andamos na pontinha dos pés para não acordar mais ninguém.

Nós fazemos comida, assopramos, e abrimos nossa própria boca enquanto levamos o aviãozinho para o destino final.

Nós usamos a pontinha do dedo para balançar o dente que está mole, e penteamos cabelos embaraçados, segurando perto da raiz para não doer.

Nós ajoelhamos próximas ao vaso do banheiro, e com ambas as mãos seguramos uma criança que está com ânsia de vomito, enquanto repetimos que já já vai melhorar.

Nós secamos roupas de ballet e uniformes de futebol com secador, já que parecem nunca secar a tempo no dia da apresentação.

Nós usamos lápis de olho para fazer sardinhas e bigodes juninos, e colocamos gel, e fazemos tranças.

Nós passamos protetor solar com uma mão, e usamos todas as outras partes do corpo para segurar pessoinhas que querem fugir para a água.

Nós cortamos unhas, enquanto contamos histórias sem pé nem cabeça, tentando distrair a criança para que não puxe a mão.

Nós montamos árvores de natal, enchemos bexigas, e enrolamos docinhos.

Nós ajudamos a levantar, damos beijos analgésicos, enrolamos pedras de gelo em panos de prato, e aplicamos nos dodóis, que é para não inchar.

Nós amassamos bananas, lemos rótulos, e escondemos brócolis embaixo do arroz.
Nós levamos no oculista, no parque, na escola, e nas festinhas.

Nós ficamos na fila do brinquedo, do pronto socorro, da estréia do filme, e da sorveteria na praia.

Nós fazemos coisas que parecem simples. E provamos diariamente que o amor, o maior amor do mundo, mora mesmo é nas coisas simples.

Feliz dia das coisas simples, feliz dia do amor, feliz dia das mães.

Por Rafaela Carvalho. (Facebook: A Maternidade por Rafaela Carvalho)

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